Dos usos do livro e outros impressos: a formação cultural comunista nos anos 1920
Resumo
Como apontou Roger Chartier, é mister que os historiadores atentem às “condições e aos processos que, muito concretamente, portam as operações de construção de sentido”, visando uma “história social dos usos e interpretações, referidos às suas determinações fundamentais e inscritos nas práticas específicas que os produzem”. Por isso, este artigo enseja um estudo sobre a formação comunista e suas práticas culturais a partir da análise da edição e da construção do sentido da leitura comunista. O recorte cronológico circunscreve a primeira década de existência do Partido Comunista do Brasil. O estudo da edição comunista e de suas práticas de leitura nos direciona, portanto, à compreensão da recepção do marxismo por parte de Astrojildo Pereira, Octávio Brandão e seus camaradas da direção pecebista nos anos 1920.