Revolução e guerra. Formas de compromisso e trajetórias intelectuais na conformação de um espaço culturalcomunista na Argentina (1920-1935)
Resumo
Este artigo propõe-se a reconstruir os vínculos entre os intelectuais argentinos e o comunismo nas décadas de 1920 e 1930. Por meio da análise de um corpo de revistas e do perfil de alguns intelectuais que as animaram, busca-se refletir a respeito do modo pelo qual os ecos locais da Revolução Russa e da Primeira Guerra Mundial, aliados à politização da juventude universitária após a Reforma de 1918, definiram os primeiros modelos do compromisso intelectual com o comunismo nos marcos da internacionalização das formas de intervenção pública dos intelectuais. A partir do otimismo libertário e da solidariedade moral do início dos anos 1920, passando pelos intentos de criação de uma arte operária e vanguardista, até chegar ao compromisso com a defesa da cultura liberal durante o período antifascista, o artigo examina o vínculo entre a cultura e a política no espaço comunista, considerando tanto as características da instituição partidária como do campo intelectual do período.