Cuícas, pelotas e coroas: cultura operária e popular em São Paulo (1950-1964)
Palavras-chave:
Cultura, Sindicatos, Classe Operária
Resumo
O presente artigo estuda duas formas de manifestação da cultura operária: o calendário festivo e a organização do lazer. O foco da análise concentra-se nas duas categorias mais numerosas e atuantes do proletariado industrial de São Paulo, capital, metalúrgicos e têxteis, e cobre o período que vai do início do segundo governo Vargas, em 1950, até o golpe civil-militar de 1964. Foi prestada especial atenção ao papel desempenhado pelos sindicatos dos metalúrgicos e têxteis na organização do calendário e do lazer operário. Tenta-se interpretar valores, significados e formas de consciência presentes em eventos como festas juninas e comemorações do Dia do Trabalhador e em criações como a poesia operária.