A vanguarda revolucionária tem dois sexos: Gênero e moral nas esquerdas armadas brasileira e argentina. Os casos da ALN e PRT-ERP
Resumo
O trabalho teve como objetivo analisar, de forma comparada, aspectos da moral revolucionária forjada por duas organizações de esquerda armada - a brasileira Ação Libertadora Nacional (ALN) e a argentina Partido Revolucionario de los Trabajadores - Ejercito Revolucionario del Pueblo (PRT-ERP). Uma das preocupações principais foi perceber que significados de gênero estas regras e as representações sobre o/a guerrilheiro/a ideal carregavam consigo e que consequências elas podem ter tido na vida dos/as militantes. Foi observado ao longo do exercício que, embora a esquerda armada, do ponto de vista dos costumes, tenha sido, em geral, mais conservadora do que o que os outros movimentos “do 1968”, produziram-se em seu interior avanços significativos no deslocamento das fronteiras de gênero.