Governo Castelo Branco, contragolpe e Frente Ampla nas memórias de militares e civis (Brasil: 1964-68)

  • Celia Costa Cardoso
Palavras-chave: Ditadura, Resistência, Frente Ampla, Contragolpe

Resumo

Estudo da memória política dos grupos oposicionistas ao movimento civil-militar brasileiro de 1964, conhecidos como “grupo do Rio”, sob o comando do ex-tenente brigadeiro Francisco Teixeira, e seu envolvimento nas reuniões preparatórias do Contragolpe, planejado por Adhemar de Barros, e nas articulações da Frente Ampla, de Carlos Lacerda. Após o golpe de Estado, o brigadeiro foi preso e afastado de suas funções na Aeronáutica por assumir posicionamentos políticos reformistas em apoio ao governo Goulart. Esse “grupo do Rio” tornou-se um importante articulador da política de mobilização das massas para desestabilizar o governo Castelo Branco, obtendo apoio de amplos setores oposicionistas, inclusive de parte do Partido Comunista Brasileiro.A explicação da correlação de forças políticas existentes nos movimentos de reação à institucionalização da Ditadura fundamentou-se nas ideias de René Rémond, Pierre Rosanvallon e Francisco Falcon. Desse modo, a pesquisa buscou compreender, tendo por base discursos e memórias políticas dos envolvidos, a formação de movimentos oposicionistas que agiam em contrariedade à ação do Governo Federal, tendo em vista acriação do sistema do bipartidarismo.

Seção
Dossiê