Jorge Amado e a esquerda: entra a memória e a história (1964-1985)
Palavras-chave:
Jorge Amado, Esquerda, Memória, Ditadura Militar
Resumo
O presente artigo busca analisar a memória e a história da relação entre o escritor Jorge Amado e a esquerda particularmente no período da ditadura militar brasileira. Pretende-se evidenciar que a reificação de uma memória da resistência causou desprezo da historiografia quanto ao papel desempenhado por intelectuais de esquerda, como Jorge Amado, que assumiram uma postura ambígua em relação ao regime. Indo ao encontro da recente historiografia francesa sobre regimes autoritários, pretende-se enfatizar que o pensamento dúbio esteve intensamente presente na mentalidade da época e que por isso deve ser assumido em toda a sua complexidade e não silenciado ou esquecido.